10 Principais sintomas do sedentarismo
Um indivíduo é considerado sedentário quando não pratica qualquer exercício físico, ou realiza de forma insuficiente, o que acaba gerando consequências negativas para a sua saúde. Todo e qualquer movimento corporal realizado pelos músculos, proporcionando gasto de energia, é considerado atividade física.
O sedentarismo no Brasil é considerado grave. Segundo a Organização Mundial da Saúde, somos o país mais sedentário da América Latina, ocupando também o 5º lugar no ranking mundial. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40,3% dos brasileiros com 18 anos ou mais estão inativos.
Para evitar o sedentarismo, vale a pena se dedicar à realização de atividades físicas. Ainda que não seja necessariamente uma patologia, essa condição torna o indivíduo propenso a desenvolver doenças crônicas.
Por isso, vale a pena observar alguns sinais, que indicam um estilo de vida sedentário que pode gerar problemas no futuro. Confira a seguir alguns dos principais sintomas do sedentarismo.
10 – Problemas cardíacos
O sedentarismo também pode indiretamente levar ao surgimento de problemas de saúde no coração, já que a obesidade e a diabetes tipo II são fatores de risco para doenças cardiovasculares. A falta de atividade física também pode desencadear a hipertensão.
Como dá para notar, podem ser muito graves as consequências desse estilo de vida. Por outro lado, pequenas mudanças de hábitos fazem toda a diferença, promovendo bem-estar e saúde.
A OMS estima que cerca de 5 milhões de mortes anuais poderiam ser evitadas se a população do mundo fosse menos sedentária. Para fugir do sedentarismo, é necessário fazer atividades moderadas cinco vezes por semana durante 30 minutos, ou atividades intensas três vezes na semana, durante 20 minutos.
Isso não inclui apenas práticas esportivas diárias. É possível deixar de ser sedentário sem precisar se submeter a uma rotina na academia, como por exemplo realizando caminhadas diárias, priorizando o uso de escadas em vez de elevadores e fazendo algum esporte de sua preferência.
9 – Diabetes tipo II
Não é segredo para ninguém que o sedentarismo é um mau hábito que pode desencadear uma série de problemas de saúde. Entre eles, está a diabetes tipo II, caracterizada pelo excesso crônico de açúcar no sangue.
A falta de atividades físicas no cotidiano aliada à alimentação desregrada pode fazer com que o organismo se torne resistente à insulina. Isso aumenta as chances de desenvolver esse tipo de diabetes, que é caracterizada pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou pela incapacidade do corpo de usar essa substância.
Quando não tratada, a diabetes pode apresentar desequilíbrio e desencadear outras complicações. As altas taxas de glicemia podem levar a complicações no coração, artérias, olhos, rins, nervos e, em casos mais graves, pode levar à morte.
8 – Roncos e/ou apneia do sono
Os roncos podem ser um sintoma da apneia, que é caracterizada por interrupções na respiração durante o sono. Essas pausas na entrada de ar podem levar à diminuição da concentração de oxigênio no sangue, por isso a apneia é considerada um fator de risco para pressão alta e arritmia cardíaca.
Um estudo realizado por pesquisadores da Harvard Medical School e divulgado em 2021 revelou que hábitos sedentários aumentam o risco de apneia em 78%. Quando essa condição não é tratada, pode aumentar os riscos de vários problemas cardíacos, câncer, glaucoma, diabetes tipo 2 e distúrbios cognitivos e comportamentais.
Além de ser um sintoma importante de uma vida sedentária, pode ser a causa de problemas graves de saúde. Por isso, a apneia do sono deve ser levada a sério e discutida com seu médico.
7 – Aumento excessivo do peso e/ou obesidade é a principal queixa do sedentarismo
Uma rotina na qual não há gasto das calorias consumidas pode levar ao acúmulo de gordura, resultando em um aumento excessivo de peso e um quadro preocupante de obesidade.
Mais do que a obesidade, o sedentarismo é uma causa ainda mais alarmante de doenças e mortes. O que isso significa? Que uma pessoa que está acima do peso, mas ainda assim se movimenta e pratica exercícios, provavelmente está em melhores condições de saúde do que um corpo sedentário (mesmo que esse não apresente obesidade).
Ainda assim, o ganho excessivo de peso pode ser um indicativo da vida sedentária. Segundo a Federação Mundial de Cardiologia, quem não pratica atividades físicas têm duas vezes mais chances de sofrer de doenças do coração, ter pressão alta e desenvolver diabetes, independente de estar acima do peso ou não.
6 – Aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos
Ao realizar exames de rotina, os altos níveis dessas taxas geralmente são motivo de alerta e preocupação. Como geralmente não apresentam sintomas, evoluem de maneira silenciosa. Novamente, uma rotina de atividades físicas se mostra a maneira mais segura e eficaz de evitar o surgimento de problemas de saúde como esses.
Realizar exercícios físicos é uma excelente prática para manter bons níveis de colesterol e triglicerídeos, principalmente quando aliada à uma alimentação leve e saudável, evitando gorduras, açúcares e alimentos industrializados.
Para quem não sabe por onde começar, a caminhada pode ser uma boa pedida. É uma atividade que não requer condicionamento físico, nem mesmo equipamentos ou acessórios sofisticados.
5 – Aterosclerose
Esse é o nome dado ao acúmulo de gordura no interior das artérias, que ocasiona o estreitamento e enrijecimento dessas estruturas e até mesmo sua obstrução completa, restringindo o fluxo sanguíneo. A região do corpo afetada acaba recebendo uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, o que pode comprometer suas funções.
A aterosclerose é uma complicação muito perigosa, que geralmente evolui de forma silenciosa e causa diversas doenças cardiovasculares, como infarto, morte súbita e acidentes vasculares cerebrais. Muitas vezes, a formação de placas de gordura só é descoberta quando uma artéria é obstruída completamente, levando à necessidade do atendimento médico imediato.
Está relacionada aos fatores de risco mais comuns, entre eles o sedentarismo. Quando afeta o coração, a aterosclerose pode levar a dores no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas), falta de ar e sudorese.
4 – Acúmulo de gordura abdominal
O aumento da medida da circunferência da cintura pode ser considerado um importante fator de risco para uma série de problemas de saúde. Além disso, é também um indicativo do sedentarismo.
O acúmulo de gordura na região abdominal apresenta riscos à saúde pois pode levar à síndrome metabólica, gerando problemas como diabetes e doenças cardiovasculares.
Além do sedentarismo, fatores genéticos e o consumo de alimentos industrializados, açúcares e gordura também podem desencadear o acúmulo de gordura abdominal.
3 – Osteoartrite pode ser consequência do sedentarismo
Essa condição ocorre quando há desgaste gradual do tecido de proteção que fica nas extremidades dos ossos. Sua tendência é piorar com o tempo, apresentando sintomas como dor nas articulações das mãos, pescoço, região lombar, joelhos e quadris.
Ela pode acontecer devido ao excesso de peso adquirido ou simplesmente pela falta de movimentação nas articulações. Ou seja, o sedentarismo é um dos fatores de risco que favorece o surgimento da osteoartrite e também a piora no quadro.
A falta de exercícios físicos faz com que a musculatura atrofie e sobrecarregue as articulações. O sedentarismo também colabora com o ganho de peso, provocando um ciclo vicioso, já que isso aumenta a carga sobre as articulações, provocando danos ainda maiores e potencializando a dor.
Parte do tratamento para essa condição envolve a prática regular de atividades físicas, que precisam ser monitoradas por um profissional e adequadas às condições de saúde de cada pessoa.
2 – Falta de força muscular
A fraqueza muscular consiste na perda temporária ou prolongada da força dos músculos e na sensação de cansaço. Também pode ser um sintoma da falta de exercícios físicos, pois como os músculos não são estimulados corretamente, acabam se enfraquecendo e atrofiando.
Ao levar um estilo de vida sedentário, o indivíduo corre o risco de que seus músculos percam volume e força, já que não estão sendo devidamente trabalhados no dia a dia. Como consequência disso, o corpo pode ficar mais fragilizado e suscetível a sofrer com lesões e doenças.
1 – Cansaço excessivo X Sedentarismo
O cansaço pontual, resultante de um esforço físico moderado a intenso, é completamente normal e até mesmo esperado. Já ao cansaço excessivo dá-se o nome de fadiga, quando há pouca disposição para realizar as atividades diárias. Esse sim é um sinal importante no qual é preciso prestar atenção, pois aponta que há alguma coisa fora do equilíbrio.
A fadiga está relacionada ao sedentarismo devido à diminuição do metabolismo. Assim, o indivíduo se sente cansado com mais frequência e mais rapidamente. Quanto mais bem preparado fisicamente uma pessoa se encontra, mais resistente ela tende a ser ao cansaço. O contrário também vale: quanto mais sedentária, tende a ficar cansada mais rápido e com mais frequência.
As pessoas sedentárias geralmente sentem cansaço muito facilmente. Uma caminhada um pouco mais longa do que o que está acostumada pode ser o suficiente para gerar a sensação de fadiga. Maus hábitos como o sedentarismo e o mau preparo físico são as principais causas de cansaço na população.
O cansaço também é muito comum na vida de pessoas que têm um cotidiano corrido, com excesso de trabalho e estresse, e pouco tempo disponível para lazer e descanso. Não por acaso, essas pessoas geralmente também são sedentárias devido à falta de tempo para se dedicar à prática de exercícios físicos, quando a saúde acaba ficando em segundo plano.
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