O que é síndrome metabólica e qual a sua relação com sedentarismo?

Modelo de um coração

O termo Síndrome Metabólica se refere a um conjunto de fatores de risco que aumentam as chances de um indivíduo desenvolver diabetes, doenças cardíacas e Acidente Vascular Cerebral (AVC). A base para esse problema é a resistência insulínica.

Essa Síndrome é uma condição de saúde preocupante pois, quando presente, está relacionada a uma mortalidade geral em torno de duas vezes maior, e mortalidade cardiovascular três vezes maior em comparação à população saudável.

As manifestações da Síndrome Metabólica se iniciam na idade adulta (geralmente na meia-idade, a partir dos 45 anos) e aumentam muito com o envelhecimento. O número de casos na faixa dos 50 anos é o dobro em relação às ocorrências aos 30 ou 40 anos de idade.

A seguir, veremos mais detalhes sobre essa síndrome, quais suas causas e como ela se manifesta, e qual sua relação com o sedentarismo. Confira! 

O que é e o que causa a síndrome metabólica? 

A síndrome metabólica foi descoberta na década de 80, quando foi observado que determinadas doenças estavam relacionadas à obesidade e ao sedentarismo. Segundo o Dr. Drauzio Varella, podemos citar algumas doenças como: hipertensão; alterações nos níveis de glicose e de colesterol; dentre outras.

Foi também nessa época que foi identificado que essas condições estavam unidas por um elo comum, a resistência insulínica.

O principal determinante da síndrome metabólica é justamente a resistência à ação da insulina, o hormônio responsável pelo metabolismo da glicose. Por essa razão, essa condição é também conhecida como síndrome de resistência à insulina. 

Essa resistência acontece da seguinte forma: a insulina age menos nos tecidos, obrigando o pâncreas a produzir mais insulina, o que eleva o nível desse hormônio no sangue.

A insulina é responsável por metabolizar a glicose e levá-la às células do organismo, portanto tem ação fundamental para o bom funcionamento do corpo. 

No entanto, quando esse problema acontece, o hormônio não consegue exercer suas funções como deveria. O açúcar passa a se acumular nas artérias, favorecendo a inflamação dos vasos sanguíneos. Esse fenômeno é um componente básico da síndrome metabólica, e também um pré-requisito para o diabetes tipo 2. 

O organismo e por consequência o metabolismo são o conjunto de vários processos integrados, onde um é consequência do outro. Quando pensamos em corrigir a síndrome metabólica e a reduzir a gordura visceral, também estamos falando de melhorar hábitos e isso passa pelo controle do peso também. Perder ou controlar o peso ajuda a reduzir a cintura abdominal e leva o nosso corpo a reduzir a resistência insulínica e a síndrome metabólica. É como um efeito cascata, revertendo o ciclo vicioso, a partir do momento em que melhoramos um elo dessa cadeia de eventos, os outros tendem a também apresentar melhores resultados: o ciclo virtuoso que desejamos para nossos pacientes.

Dra. Andressa Heimbecher Soares, especialista em endocrinologia e metabologia, em artigo publicado pela sociedade brasileira de diabetes

Além da resistência insulínica, há outro componente importante presente na síndrome metabólica, que é a dislipidemia, ou seja, o aumento dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue.

Níveis elevados de LDL (conhecido popularmente como “colesterol ruim”) e triglicérides favorecem a formação de placas no interior das artérias, agravando a inflamação e dificultando a passagem do sangue.

Questões genéticas, excesso de peso (principalmente na região abdominal), alimentação inadequada e a ausência de atividade física são alguns dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da síndrome metabólica. Sendo assim, o sedentarismo tem tudo a ver com a síndrome metabólica.

O problema se torna ainda mais preocupante porque esses componentes ocorrem de maneira silenciosa, sem provocar sintomas. Ainda assim, representam fatores de risco para doenças cardiovasculares graves. Além dos já mencionados, há outros, como: 

  • Hipertensão arterial;
  • Baixos níveis de HDL (o dito “colesterol bom”);
  • Obesidade (especialmente obesidade central ou periférica, que está associada à presença de gordura visceral);
  • Ácido úrico elevado;
  • Microalbuminúria (eliminação de proteína pela urina);
  • Fatores pró-trombóticos que favorecem a coagulação do sangue.

Quando reunidos, obesidade, colesterol alto e hipertensão podem oferecer diversos riscos à saúde. 

O coração é um dos órgãos mais afetados nesses casos, já que, quando as artérias ficam entupidas, pode ocorrer o infarto. Já em relação ao cérebro, há maiores chances de Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

Como a gordura tende a acumular também no fígado, pode prejudicar as funções do órgão e levar à cirrose. Os rins, por sua vez, podem acabar lesionados devido à inflamação e pressão alta decorrentes das placas de gordura acumuladas nos vasos.

E o pâncreas, ao tentar compensar a resistência à insulina, pode acabar desenvolvendo diabetes.

Como deu para notar, esse quadro pode levar a uma série de complicações. Com tantos riscos que a síndrome metabólica oferece, é importante cuidar da saúde para evitar que esse tipo de problema se desenvolva. Confira a seguir algumas dicas para se prevenir.

Como prevenir a síndrome metabólica? 

Muitos médicos e pesquisadores da área da saúde alertam para a importância da prevenção da síndrome metabólica ter início já durante a infância. Afinal, é nessa época que são moldados os hábitos que farão parte de toda a vida do indivíduo.

crianças pulando
As prevenções já devem iniciar desde a infância

Sendo assim, é importante que os pais incentivem a prática de esportes e dêem preferência pela oferta de alimentos naturais em vez dos industrializados. Os riscos do sedentarismo para a saúde da criança incluem hipertensão arterial, obesidade, diabetes e aumento do colesterol.

Além disso, também pode levar a problemas de ansiedade e depressão. Para saber mais, navegue em nosso blog e confira como combater o sedentarismo infantil de forma divertida.

Mesmo quem nunca praticou exercícios físicos antes ou não tinha o hábito de atentar à sua alimentação, nunca é tarde para começar. Manter-se fisicamente ativo e ter uma alimentação saudável é de suma importância em qualquer etapa da vida.

Outra questão fundamental é evitar excessos, como em relação ao consumo de bebida alcoólica. O tabagismo também é um ponto de atenção, já que pode contribuir com o desenvolvimento de vários problemas (como doenças cardiovasculares) e, consequentemente, um possível quadro de síndrome metabólica. 

Uma dieta rica em vitaminas, fibras e nutrientes impede o depósito de gordura nas vísceras do corpo, que é a causa mais comum para problemas ligados à insulina, como a síndrome metabólica. Consuma muitas frutas, legumes e verduras e evite o consumo de produtos industrializados, com muito sódio e frituras.

E por meio dos exercícios, você elimina os excessos de gordura no seu corpo. Uma rotina com alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas é o caminho para manter o bom funcionamento dos órgãos e uma produção hormonal equilibrada, prevenindo cenários como a síndrome metabólica e muitos outros problemas de saúde.

bowl de salada acompanhada de suco de laranja
Uma alimentação saudável é indispensável para prevenir essa condição

Como mencionado anteriormente, as manifestações dessa condição de saúde são silenciosas. Sendo assim, como identificar o problema? Esse é o foco do nosso próximo tópico.

Como a síndrome metabólica é identificada?

O diagnóstico da síndrome metabólica leva em conta as características clínicas (presença dos fatores de risco mencionados anteriormente) e os dados laboratoriais. 

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica se faz presente quando são identificados pelo menos três dos cinco critérios abaixo:

  • Glicemia em jejum oscilando entre 100 e 125, ou entre 140 e 200 depois de ter tomado insulina;
  • Valores baixos de HDL, e elevados de LDL; 
  • Níveis aumentados de triglicérides e ácido úrico;
  • Obesidade central ou periférica determinada pelo índice de massa corpórea (IMC), ou pela medida da circunferência abdominal (nos homens, o valor normal vai até 102, e nas mulheres, até 88), ou pela relação entre as medidas da cintura e do quadril;
  • Alguns marcadores no sangue, entre eles a proteína C-reativa (PCR) também são indicativos da síndrome.

A proteína PCR é produzida pelo fígado e estimulada por mediadores inflamatórios, portanto é considerada um marcador importante para avaliar a presença de inflamações e infecções no organismo. Por conta disso, a presença dessa proteína pode servir para identificar ou prever doenças cardiovasculares, que estão relacionadas aos critérios da síndrome metabólica.

médica examinando criança
É importante ter um bom acompanhamento médico ao lingo de nossa vida

Quando o paciente corresponde a pelo menos três dos cinco critérios mencionados acima, é provável que seja diagnosticado com a síndrome metabólica, e então o médico deve traçar um plano de tratamento para amenizar seus riscos. Confira a seguir como isso pode ser feito.

Como é o tratamento? 

O tratamento para combater a síndrome metabólica e seus efeitos no organismo inevitavelmente começa com mudanças no estilo de vida do indivíduo. A atenção em relação a esse quadro se dá principalmente em função da associação com um maior número de eventos cardiovasculares, que podem ser fatais.

O principal objetivo do tratamento para a síndrome metabólica é melhorar a saúde do paciente. Apesar da perda de peso ser sim um fator importante, esse não deve ser o único foco da mudança nos hábitos de vida..

Após ser diagnosticado com a síndrome metabólica, é de suma importância adotar um estilo de vida saudável. Evite fumar, escolha uma atividade física que você goste de praticar e introduza-a no seu dia a dia e tome cuidado redobrado com a sua alimentação.

As atividades aeróbicas, como caminhada, corrida e natação são essenciais. Lembre-se de respeitar as particularidades do seu corpo, e vá evoluindo aos poucos, conforme ganhar mais confiança, disposição e condicionamento físico.

Uma dica legal é deixar o carro em casa e passar a caminhar ou ir de bicicleta até os lugares mais próximos, como a padaria, o banco, o mercado ou até mesmo para o trabalho. E, sempre que possível, use as escadas em vez do elevador.  

Sempre que possível, suba alguns degraus para o seu corpo se adaptar com esse exercício

Quanto à alimentação, é importante moderar no consumo de gordura, sódio, açúcar e carboidrato. Priorizar a ingestão de vegetais é um dos pilares básicos. Se houver dificuldade para fazer essa adaptação, consultar um nutricionista pode te ajudar.

Esses hábitos são indispensáveis na vida de quem é diagnosticado com síndrome metabólica, já que a obesidade é o fator que costuma precipitar o aparecimento desse quadro. Outros cuidados envolvem a qualidade do sono e o controle dos níveis de estresse.

Dormir mal e viver estressado ajudam a agravar os processos inflamatórios, potencializando os riscos que a síndrome metabólica oferece para a saúde.

Em alguns casos, quando há fatores de risco de difícil controle (como pressão, colesterol e diabetes), pode ser necessária a intervenção com medicamentos, o que deve ser avaliado e orientado por um endocrinologista. A cirurgia bariátrica é recomendada em casos de obesidade grave.

Mesmo para pessoas que não estão acima do peso é indicado passar por avaliação médica regularmente, o que pode ser determinante para identificar a presença de possíveis fatores de risco para essa e outras doenças.

Isso ajuda a manter bons níveis em relação aos indicadores de saúde para prevenir doenças e garantir que seu organismo esteja funcionando adequadamente. Afinal, prevenir é sempre melhor do que remediar!

dois homens fazendo exercício de prancha em casa
A prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso, comece a praticar exercício físico hoje mesmo!

Se este artigo foi útil para você, compartilhe com seus contatos e nas suas redes sociais. A síndrome metabólica é uma condição crítica, e a conscientização a seu respeito é de extrema importância para preveni-la.

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